Provérbios - Letra A
A ambição cerra o coração.
A apressada pergunta, vagarosa
resposta.
A ave de rapina não canta.
A barriga não tem fiador.
A boa mão, do Rocim faz cavalo; e
a ruim, do Cavalo faz Rocim.
A boca do ambicioso só se fecha
com terra da sepultura.
A boda e a baptizado não vás sem
ser convidado.
A cada Bacorinho, vem seu S.
Martinho (11/11).
A cada boca uma sopa.
A cadela, com pressa, pariu os
cachorros cegos.
A campo fraco, Lavrador forte.
A casamento e baptizado, não vás
sem ser convidado.
A cavalo dado não se olha o dente.
A chuva de S. João (24/6), bebe o
Vinho e come o Pão.
A chuva e o frio, metem a Lebre a
caminho.
A conselho amigo, não feches o
postigo.
A culpa morreu solteira.
A desgraça não marca encontro.
A encomenda é igual ao cabaz.
A espada e o anel, segundo a mão
em que estiverem.
A falta do amigo há-de-se
conhecer mas não aborrecer.
A fama longe soa. E mais depressa
a má que a boa.
A fome é a melhor cozinheira.
A fome é boa mostarda.
A fome é o melhor tempero.
A fome faz sair o lobo do mato.
A galinha da vizinha é sempre
melhor que a minha.
A ganhar se perde e a perder se
ganha.
A gosto danado, o doce é amargo.
A ignorância e o vento são do
maior atrevimento.
A justiça tarda mas não falha.
A Laranja, de manhã é Ouro, de
tarde é Prata, e à noite mata.
A lei é dura, mas é para se
cumprir.
A melhor Cozinheira, é a
azeiteira.
A Morte abre a porta da Fama e
fecha a da Inveja.
A mulher, sem pôr o pé faz
pegada.
A necessidade aguça o engenho.
A necessidade não tem lei.
A noite é boa conselheira.
A nuvem passa, mas a chuva fica.
A ocasião faz o ladrão.
A ociosidade é mãe de todos os
vícios.
A palavra é de prata e o silêncio
é de ouro.
A pedra e a palavra, não se
recolhe depois de deitada.
A Pescada de Janeiro, vale um
carneiro.
A pintura e a peleja, de longe se
veja.
A pobreza não é vileza, nem a
riqueza nobreza.
A preguiça é a mãe de todos os
vícios.
A preguiça morre à sede, andando
a boiar.
A pressa é inimiga da perfeição.
A primeira, qualquer cai. À
segunda cai quem quer.
A quem do seu foi mau despenseiro,
não fies o teu dinheiro.
A quem tudo quer saber, nada se
lhe diz.
A razão e a verdade fogem quando
ouvem disputas.
A rir se corrigem os costumes.
A roupa suja lava-se em casa.
A união faz a força.
A vaidade é o espelho dos tolos.
A valentia com os fracos, só
cobardia revela.
A ventre farto o mel amarga.
A verdade é como o azeite: Vem
sempre ao de cima.
A vozes loucas, orelhas moucas.
Abril frio e molhado, enche o
celeiro e farta o gado.
Abril, Abril, está cheio o covil.
Agosto tem a culpa, e Setembro
leva a fruta.
Água de Fevereiro, mata o
Onzeneiro.
Água de Julho, no rio não faz
barulho.
Água detida é má para a bebida.
Água e vento são meio sustento.
Água mole em pedra dura, tando dá
até que fura.
Águas da Ascensão, das palhas
fazem Grão.
Águas passadas não movem Moinhos.
Águas verdadeiras, por S. Mateus
as primeiras.
Aí por Sant'ana, limpa a pragana.
Ainda que mude a pele a Raposa,
seu natural desponja.
Albarda-se o burro à vontade do
dono.
Almoço cedo, faz carne e sebo;
almoço tarde, nem sebo nem carne.
Alto mar e não de vento, não
promete seguro o tempo.
Amigo deligente, é melhor que
parente.
Amigo disfarçado, inimigo
dobrado.
Amigo que não presta e faca que
não corta: que se percam, pouco importa.
Amigo verdadeiro vale mais do que
dinheiro.
Amigo, vinho e azeite o mais
antigo.
Amigos, amigos, negócios à parte.
Amor com amor se paga.
Amor de pais não há jamais.
Amor querido, amor batido.
Amores arrufados, amores
dobrados.
Ande o frio por onde andar, no
Natal cá vem parar.
Ande por onde andar o Verão,
há-de vir no S. João.
Ano de nevão, ano de pão.
Ano de neve, paga o que deve.
Antes caia do cú do que do
alforge.
Antes cegues que mal vejas.
Antes martelo que bigorna.
Antes mau ano que mau vizinho.
Antes minha face com fome amarela,
que vergonha nela.
Antes que te cases, vê o que
fazes.
Antes quebrar que torcer.
Antes quero Asno que me leve, que
Cavalo que me derrube.
Ao arrendar cantar e ao pagar
chorar.
Ao bebado e ao tolo, dá-se o
caminho todo.
Ao bom amigo, com teu pão e teu
vinho.
Ao bom pagador não dói o penhor.
Ao Diabo e à mulher nunca falta
que fazer.
Ao Fevereiro e ao rapaz, perdoa
tudo quanto faz.
Ao homem de esforço a fortuna lhe
põe ombro.
Ao homem ousado a fortuna dá a
mão.
Ao menino e ao borracho põe Deus
a mão por baixo.
Ao pé do pano é que se talha a
obra.
Ao quinto dia verás que mês
terás.
Ao rico mil amigos se deparam, ao
pobre seus irmãos o desamparam.
Ao rico não devas e ao pobre não
peças.
Ao rico não faltes, ao pobre não
prometas.
Apanha com o cajado quem se mete
onde não é chamado.
Apanha-se mais depressa um
mentiroso do que um coxo.
Apanham-se mais moscas com mel do
que com fel.
Apressado come cru.
Aproveite Fevereiro quem folgou
em Janeiro.
Aquele que me tira do perigo, é
meu amigo.
Aquilo que sabe bem, ou faz mal
ou é pecado.
Arco de teixo duro de armar e
fraco para disparar.
Arco sempre armado, ou frouxo ou
quebrado.
Arrenda a vinha e o pomar se os
queres desgraçar.
As aparências iludem.
As boas contas fazem os bons
amigos.
As cadelas apressadas parem cães
tortos.
As favas, Maio as dá, Maio as
leva.
As obras falam, as palavras
calam.
As palavras são como as cerejas,
vêm umas atrás das outras.
As palavras voam, a escrita fica.
As paredes têm ouvidos.
As sopas e os amores, os primeiros
são os melhores.
Às vezes não se respeita o burro,
mas a argola a que ele está amarrado.
Assim como vires o tempo de Santa
Luzia ao Natal, assim estará o ano mês a mês até final.
Até ao lavar dos cestos é
vindima.
Até ao Natal um saltinho de
pardal.
Até S. Pedro abre rego e fecha
rego.
Até S. Pedro tem a vinha medo.
Atrás de mim virá, quem de mim
bem dirá.
Ave que canta demais não sabe
fazer o ninho.
Ave só não faz ninho.
Azeite de cima, mel do fundo e
vinho do meio.
Sem comentários:
Enviar um comentário